Com o número de residentes na Irlanda e Reino Unido interessados em investir numa casa de férias ou para a reforma no estrangeiro a aumentar dramaticamente nos anos mais recentes, vale a pena ponderar a razão pela qual tantos turistas, compradores e investidores estão a regressar ao Algarve, especialmente quando a tendência não dá sinais de abrandamento pós-Brexit.
Na sequência da votação do Brexit, a Meravista conduziu uma análise do mercado imobiliário que comparou França e Espanha com Portugal e em ambos os casos concluiu que o Algarve era uma melhor opção para os investidores.
Numa primeira análise não parecia ser o caso, uma vez que o relatório demonstrava que, segundo os 24 000 imóveis algarvios analisados, o preço médio das casas era de cerca de 374 000 €. Era significativamente superior à média francesa, com 186 500 € conforme comunicado pelos Notários de França, e espanhola, com 300 594 € segundo indicado pela Spainhouses ou 242 000 € segundo a Kyero. Contudo, há variáveis mais importantes a considerar...
A razão para tal é que os resorts estabelecidos de Vilamoura, Quinta do Lago e Vale de Lobo criam uma assimetria para o luxo quando a média de preços da região é calculada. Surpreendentemente, mais de 70% dos imóveis analisados foram avaliados a metade do preço médio das casas.
Assim, qual a razão para uma presença de gama alta tão significativa? Um fator importante é que, se os valores da habitação forem calculados como preço por metro quadrado, a média do Algarve de 1211 €/m2 é significativamente inferior à de França ou Espanha. Simplificando – o seu investimento rende consideravelmente mais.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) concluiu que embora as economias francesa, espanhola e portuguesa tenham registado um crescimento considerável nos anos subsequentes à crise económica, os preços da habitação em França e Espanha não estabilizaram na mesma medida que no Algarve. Em França, por exemplo, os preços da habitação continuaram a demonstrar-se erráticos simplesmente porque não existe uma confiança observável no mercado imobiliário para o futuro próximo.
Por contraposição, os preços da habitação no Algarve subiram consistentemente nos últimos anos. O Índice de Preços da Habitação do Eurostat demonstra que Portugal recuperou quase 100% do respetivo valor da habitação desde 2010, sem expetativa razoável de se observar ganhos semelhantes em França ou Espanha, pelo que o Algarve constitui claramente uma melhor opção para o seu investimento.
Contudo, um mercado imobiliário dinâmico não é a única motivação para optar pelo Algarve; este oferece também diversas vantagens económicas únicas. Uma delas é o facto de o regime português de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares de 2009 permitir aos inscritos como residentes não habituais em Portugal uma tributação de 20% sobre o rendimento se optarem por encontrar determinados empregos em Portugal – ou nenhuma tributação se continuarem a auferir rendimentos de fontes externas a Portugal.
As notícias para os pensionistas do Reino Unido são ainda melhores As novas liberdades relativas às pensões no Reino Unido permitem-lhe levantar a sua pensão na totalidade se assim o pretender. Ao abrigo do regime português, enquanto residente não habitual, pode levantar essa pensão e evitar o imposto de 55% do Reino Unido sobre a mesma. Em virtude da convenção sobre dupla tributação celebrada entre Portugal e o Reino Unido, o levantamento da sua pensão estará isento de impostos nos primeiros dez anos sendo depois tributado às taxas marginais portuguesas e não do Reino Unido.
O futuro afigura-se definitivamente promissor para o Algarve, e mesmo pondo de lado todos os motivos financeiros para investir no resort – com a oportunidade que o Ombria Resort lhe oferece de investir em imobiliário de alta qualidade no preservado interior do Algarve – quem poderia dizer que não ao sol algarvio?